Recentemente, a Associação Europeia da Indústria Química (Cefic) e a Associação Alemã da Indústria Química (VCI) emitiram declarações sobre o acordo comercial preliminar entre Europa e Estados Unidos divulgado em 27 de julho. Ambas as partes adotam uma postura cautelosamente positiva, mas expressam preocupação de que as novas tarifas e o acordo possam enfraquecer ainda mais a competitividade do setor químico.
Em seu comunicado, a Cefic destacou que, embora o acordo inicial tenha evitado o pior cenário, as tarifas adicionais impostas pelos EUA sobre produtos exportados da Europa podem prejudicar a competitividade da indústria química da União Europeia. A associação apelou para a divulgação rápida de mais detalhes do acordo e ressaltou a necessidade de implementação completa do recente “Plano de Ação da Indústria Química” da UE. A Cefic reconheceu que o acordo preliminar inclui algumas substâncias químicas na lista de zero tarifas, o que “envia um sinal positivo”, mas continua a pedir um acordo abrangente e equilibrado entre Europa e EUA, garantindo condições comerciais preferenciais, maior previsibilidade e fortalecimento da competitividade do setor.
Wolfgang Große Entrup, diretor executivo da VCI, afirmou que a tarifa inicial de 15% aplicada pelos EUA sobre a maioria dos produtos importados da UE é excessiva para o setor químico. Ele enfatizou a necessidade de negociações contínuas para reduzir ainda mais as tarifas sobre produtos químicos transatlânticos, a fim de promover a reindustrialização e a transformação industrial em ambos os lados do Atlântico.
De acordo com a declaração da UE de 27 de julho, o projeto do acordo inclui cláusulas de tarifa zero para “certos produtos químicos” e outros itens. Funcionários da UE revelaram em 28 de julho que a lista específica de produtos químicos será publicada conjuntamente por Europa e EUA em 1º de agosto, data em que as novas tarifas entrarão em vigor.