A INEOS Phenol, subsidiária do INEOS Group Ltd. e maior produtora mundial de fenol e acetona, anunciou em 17 de junho a intenção de encerrar permanentemente a produção em sua planta localizada em Gladbeck, Alemanha.
A decisão foi tomada após uma avaliação estratégica detalhada, que concluiu que, devido aos “altos” custos de energia e às chamadas “políticas punitivas de taxação de CO₂”, a produção europeia perdeu competitividade frente às importações chinesas, em meio a um excedente global de oferta.
A Ineos afirmou que já observou a saída de vários consumidores downstream de fenol e acetona, o que significa que a demanda local já não justifica a operação e os altos investimentos na unidade de Gladbeck, que possui capacidade anual de produção de 650 mil toneladas de fenol.
“Isso é consequência da completa falta de competitividade energética da Europa e da imposição cega de tributos sobre carbono, o que está levando à desindustrialização em larga escala de todo o continente europeu”, afirmou Jim Ratcliffe, presidente e fundador da INEOS. “A menos que os reguladores despertem e ajam, Gladbeck não será a primeira, e definitivamente não será a última.”
A INEOS informou que a planta de Gladbeck emprega diretamente 279 trabalhadores e gera mais de 1.500 empregos indiretos. A empresa planeja iniciar consultas com sindicatos, funcionários, clientes e fornecedores para garantir um “encerramento ordenado e responsável” da operação.
Ainda assim, a INEOS reiterou seu compromisso com o mercado global de fenol, destacando os diversos usos do fenol e da acetona produzidos na planta, como em peças automotivas, placas de circuito impresso, pás de turbinas eólicas e solventes para diversos processos industriais.
A data de encerramento da planta de Gladbeck ainda não foi definida.
Devido a desafios logísticos, o Grupo INEOS recentemente adiou a reativação de sua planta de fenol em Antuérpia, Bélgica, de junho para setembro ou outubro de 2025. A empresa já havia declarado que transferirá a produção de Gladbeck para Antuérpia.